terça-feira, 20 de abril de 2010

Um Esporte Genuinamente Brasileiro


Aproximadamente 5.000.000 de escravos foram trazidos da África para o Brasil, o trabalho praticado por eles era muito pesado, desumano, os negros trabalhavam para se alimentar. Muitos conseguiam viver no Brasil um período de 7 a 10 anos.
A maneira que os escravos tinham para se descontrair eram com as danças provenientes das tribos Africanas. Ao som do batuque africano eles criaram uma luta corpo a corpo onde existia a participação de todos na roda da "capoeira". A palavra capoeira vem de caá-poeira, vegetação rasteira encontrada em algumas partes do Brasil.
Após a Lei Áurea ser assinada em 1888, os escravos se tornaram livres, porém a capoeira não teve sua prática liberada. Existia no código penal de 1890, assinado pelo então presidente Marechal Deodoro da Fonsceca, a proibição da capoeira em todo território nacional, reforçado por decretos que impunham penas severas aos capoeristas.
Porém em 1930 a história mudou. Um homem chamado Manuel Dos Reis Machado, o "mestre bimba" levou a luta até o então presidente Getúlio Vargas, que liberou a prática da capoeira para fins folclóricos.
Em 1932 a luta começou a se popularizar e foi registrada a primeira academia,que era do "mestre bimba", localizada em Salvador na Bahia.

Curiosidades:

*O significado de capoeira no dicionário norte americano: is a fusion of martial arts and dance which originated among African slaves in colonial Brasil. It is danced in a circle to the sound of the berimbau, a percussion instrument of African origin.Opposed by the Brazilian authorities until the beginning of the twentieth century, today capoeira is regarded as national sport.

TRADUÇÃO: Capoeira é uma junção de arte marcial e de danças originadas na África e no trabalho escravo no Brasil colonial. Esta é uma dança em um círculo ao som do berimbau, instrumento de origem africana. Contrário as autoridades brasileiras no século 20, hoje capoeira é considerada um esporte nacional.






Fontes: Capoeira Mestre Bimba : www.capoeiramestrebimba.com.br

Dicionário Collins Gem

Youtube: Mestre Bimba- o Rei Da Capoeira

sábado, 17 de abril de 2010

Escravidão no séc XXI ?


Escravidão Na Atualidade por Henrique Muzzi


No dia 13 de Maio de 1888,a princesa Isabel sancionou a Lei Áurea que aboliu o trabalho escravo em todo mundo.Apesar de constituir um crime, o trabalho escravo ou "forçado" existe em pleno século 21.De acordo com a organização internacional do trabalho,há 200 milhões de pessoas escravizadas em todo mundo.


No Brasil, trabalhadores de regiões pobres são seduzidos por ofertas de emprego. Comida, moradia, salário e até roupas estão em pauta nas ofertas.Porém na prática não é bem assim.


Os "escravos" são colocados em situações subi-humanas, dormindo em barracos, sem dinheiro, bebendo água impotável. O pior não para por aí, no momento que são "contratados" os donos das propriedades (normalmente fazendeiros) cobram dos trabalhadores a alimentação,o transporte que os levam, e as roupas fornecidas pelo patrão. No final do mês de trabalho, a dívida com o empregador é tão alta que o "escravo" não recebe remuneração e trabalha para pagar suas dívidas.


O segmento campeão no registro de trabalho forçado é a agro pecuária. A região que apresenta maior índice de escravos é a Norte, principalmente no Maranhão.


A fiscalização não consegue ser efectiva, falta infra estrutura. Desde 2001 cerca de 25 mil pessoas foram escravizadas no Brasil. Por se tratar de algo ilegal e perigoso, a fiscalização se torna difícil. Os fazendeiros tem um forte esquema de segurança,dificultando o acesso as fazendas.


No dia 28 de Janeiro de 2004, quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego, foram assassinados enquanto realizavam uma fiscalização rural de rotina em Unái,Noroeste de Minas Gerais.O crime tomou repercussão em todo Brasil e ficou conhecido como a chacína de Unaí.



O sofrimento e a vivência de um escravo só pode ser dito por um: "Rapaz, eu não tenho medo de homem, não! Eu posso morrer, mas eu vou me embora. Eu não vou ficar aqui trabalhando a vida todinha, escravizado, para não mandar nada para minha família. Aí quando nós acabemos de arrumar ali, eles tinham ido prum jogo lá no Jabuti, que é um povoadozinho de sem-terra. Aí chegou o cantineiro e passou logo por eles: "olha, tem quatro homem que vai sai". Aí ele começou logo a bordar taca mais os jagunços dentro do barraco, batendo, jogaram o cavalo no Deodete, o cavalo pisou no aqui assim dele, arrancou as unhas dele, ficou só a carne. Aí começaram o quebra-quebra.(...) eles chegaram e me cercaram. Barroso era o mais de frente, eu peguei e meti a faca na barriga dele. Eles disseram mata o homem. Eu disse não mata o homem, se ele me mata, ele me mata, aí ele me atira, no que ele me atirá, vocês atira nele, ele me mata, porque tinha uma faca entrando na minha barriga. Aí fiquemos ali,mata num mata,mata num mata.Aí chegou o gerente e disse pra eles: "rapaz libera esse velho, porque se vocês mata ele, tem 42 homem, esses homem entraga essa fazenda". Aí liberaram nós.(...) Mais isso já tava com seis anos, já tava esquecido... Alembrar do passado é sofrer duas vezes..."


FONTES:


DEPOIMENTO DE ANTÔNIO AO JORNALISTA LEONARDO SAKAMOTO E AO DOCUMENTARISTA CAIO CAVECHINI. WWW.BLOGDOSAKAMOTO.UOL.COM.BR


IMAGEM: http://www.scielo.br/img/revistas/ea/v14n38/02f1.jpg


Revista História da Biblioteca Nacional ,Terra da vergonha,Vivi Fernandes de Lima,2010


Educação Uol :http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u64.jhtm




quinta-feira, 15 de abril de 2010

Negros Escravos


Escravidão por Henrique Muzzi

A palavra escravidão de acordo com o dicionário significa: figurado servidão; sujeição; falta de liberdade. Os escravos não eram considerados membros de uma sociedade, mas como um ser inferior e sem direitos.
Antes da dominação marítima e do conhecimento por parte dos europeus das "terras vizinhas", na África já existia escravidão. As guerras por disputa de terras das tribos que ali existiam , formavam prisioneiros sendo postos a trabalhar ou sendo vendidos pelos vencedores das batalhas.
Navegando em mares nunca antes navegados, os portugueses foram os pioneiros no contato com o povo africano.Além da busca por ouro, eles cumpriam sua missão de propagadores do cristianismo, levando missionários da igreja católica para evangelização da população que ali habitava. Os missionários tinham o argumento de estarem levando a mensagem de Cristo e a salvação eterna para todos os africanos que se tornassem escravos.
Com a descoberta da América, os africanos se sentiram ameaçados pois começavam a ser escravizados em grande número. Dessa maneira os europeus começaram a encontrar resistência das populações locais, que utilizavam flechas envenenadas. Após os primeiros anos de exploração os ataques pararam e os portugueses conseguiram encontros mais amistosos.
O comércio de escravos da África para as Américas aumentou sensivelmente pois os europeus necessitavam de mão de obra barata nas minas de ouro e nas plantações de cana de açúcar. Do século 17 ao 19 o golfo de Benin, foi uma das principais fontes de escravos para os mercadores do atlântico.
Nem sempre os escravos foram passivos e acabavam fugindo das "fazendas" onde viviam. O agrupamento de escravos fugitivos eram chamados de quilombos, podendo ter muitos ou poucos escravos. O maior quilombo da história foi o de Palmares,que teve início no séc 17 e término em 1694.
Os negros sofreram intensamente com o período da escravidão.Eram amarrados como bicho nas embarcações, bebiam agua suja,faziam suas necessidades normalmente no ambiente em que ficavam.Quando chegavam ao Brasil eram obrigados a trabalhar sem remuneração, viviam em condições sub-humanas, onde trabalhavam para poderem se alimentar.
O período de escravidão colonial durou cerca de 300 anos, teve o fim quando a Princesa Isabel sancionou uma lei abolindo a escravidão em todo mundo.Um fim não tão "justo" mas esperado por negros africanos que tanto sofreram durante muito tempo.
Fontes: Revista História da Biblioteca Nacional,março 2010
Livro: África e Brasil Africano, Marina de Mello e Souza
Imagem:
Revista História da Biblioteca Nacional,março 2010